Relações Líquidas: O que são Relacionamentos de Bolso?
Em nosso mundo de furiosa “individualização”, os relacionamentos são bençãos ambíguas.
Isso porque eles oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro.
Nesse sentido, “relacionamento” é o assunto mais quente do momento.
Hoje, as atenções tendem a se concentrar na satisfação que esperamos obter das relações precisamente porque, de alguma forma, estas não tem sido consideradas satisfatórias.
Então, quando essa satisfação acontece, o preço disso é considerado inaceitável.
Mas, qual o significado de relações líquidas?
Relações Líquidas.

Em nossa época, é normal que as pessoas chamem de amor mais de uma de suas experiências de vida.
Contudo, essas mesmas pessoas jamais garantiriam que o amor vivenciado é o último.
Pelo contrário: há sempre uma certa expectativa de que novas experiências amorosas sejam vividas em breve.
Por isso, o contexto moderno é repleto de relações líquidas, tão voláteis, flexíveis e fluídas quanto a água. Elas começam e terminam de forma tão rápida quanto o desejo dos amantes.
Assim, ao invés de haver mais pessoas atingindo os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados.
Relacionamentos de Bolso.

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, o amor moderno é o amor líquido.
Nesse contexto, relações líquidas pode evoluir com facilidade para relações de bolso. A relação de bolso, por sua vez, é bem sucedida quando composta por duas características:
- É doce;
- Tem curta duração.
Ela é doce porque tem curta duração.
Seus laços são frouxos, para que nenhum dos envolvidos precisem se desdobrar muito para mantê-la saudável.
Se o incômodo for constante, a solução é instantânea: troca-se de relacionamento por outro mais conveniente. Afinal, essa é a maior facilidade embutida nas relações líquidas.
Além disso, um bom relacionamento de bolso deve atender duas condições principais.
A primeira é a sobriedade.
Nesse sentido, paixões à primeira vista são proibidas. Quanto menor o investimento emocional, menor também a insegurança.
Nesse cálculo, quem precisa sair ganhando é você. Sempre.
A segunda condição: mantenha o bolso preparado.
Isso porque você sabe que em pouco tempo a comodidade das relações líquidas será convertida no seu oposto. Por isso, preste atenção em todos os sinais mínimos daquilo que está fora do contratado. Quando encontrar tais indícios, saiba que é hora de seguir adiante.
Mas sempre com o bolso livre.
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