9 Ideias da Filosofia para uma Redação Nota Mil no Enem:
- Dialética;
- Retórica;
- Estoicismo;
- Racionalismo;
- Pragmatismo;
- Existencialismo;
- Niilismo;
- A Escola de Frankfurt.
- Modernidade Líquida.
Para quem este artigo foi escrito?
Partimos do pressuposto de que você é um estudante que realmente deseja ser aprovado no vestibular.
Alguém que entende as dificuldades envolvidas com o seu projeto.
E que sabe que com esforço, foco e dedicação é possível alcançar o resultado desejado.
Antes dessa leitura, faça uma auto-análise:
- Qual é a concorrência candidato/vaga do curso que você está prestando?
- Qual é a nota de corte média para sua aprovação?
- O quê você tem feito para melhorar sua pontuação, nos simulados?
Seja qual for o caso, a nota da redação é divisora de águas:
- Para um lado, a garantia da sua aprovação com larga vantagem;
- Para o outro, o “quase passei”, acompanhado de mais um ano de cursinho.
Qual lado você prefere?
(Pausa para resposta sincera).
Mais do que apenas “ir bem” na redação, você precisa de uma redação nota mil.
E eu estou aqui para te ajudar.
Neste artigo, vou te mostrar passo a passo como dominar alguns conceitos filosóficos que vão te ajudar a escrever uma redação nota mil.
Vamos lá?
Sua Redação é como um Bolo de Chocolate.
Pense em sua redação nota mil como um bolo de chocolate.
Seja qual for o recheio, um bolo precisa de uma base sólida e bem cozinhada.
Senão, o bolo desaba!
E isso também acontece com sua redação.
Aliás, nada é mais “saboroso” para a banca corretora do que ler uma redação repleta de argumentos sólidos e bem fundamentados.
Mas, e o recheio?
O recheio é o seu conhecimento de mundo, das atualidades, das regras gramaticais, coesão e coerência… temas para outros artigos.
Assuntos diversos com algo em comum: não funcionam bem se não vierem junto de uma argumentação crítica e sólida.
Aliás, a organização da argumentação é um dos critérios mais importantes em redações de vestibulares.
O ENEM, por exemplo, avalia essa competência isoladamente – 1/5 da nota total da redação.
E você está aqui porque deseja uma redação nota mil, certo?
Utilizar teorias filosóficas em sua redação comprovará que você domina conhecimentos sobre a sociedade e o mundo.
E isso é fundamental para a composição da sua argumentação, seja qual for o tema.
Para organizar melhor seu estudo, dividi este artigo em duas partes:
Na primeira, vou abordar passo a passo as 5 ramificações mais importantes do estudo filosófico, resumidas com simplicidade:
- Epistemologia;
- Metafísica;
- Ética;
- Estética;
- Ontologia.
Entender cada uma destas ramificações será uma vantagem ao desenvolver a estrutura da sua redação nota mil.
A seguir, vou trabalhar alguns conceitos filosóficos memoráveis para sua argumentação crítica.
- Dialética;
- Retórica;
- Estoicismo;
- Racionalismo;
- Pragmatismo;
- Existencialismo;
- Niilismo;
- A Escola de Frankfurt.
- Modernidade Líquida.
Utilizar na prática os conhecimentos disponibilizados neste artigo certamente trará uma surpresa positiva para banca corretora.
E te colocará um passo adiante na busca pela redação nota mil.
Vamos lá?
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Ramificações do Estudo da Filosofia
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O que é e para que serve a Filosofia?
Desde que o homem se compreendeu como um ser, a vida é um verdadeiro mistério.
A filosofia é o caminho que o homem percorre buscando respostas para as questões mais fundamentais de sua existência.
Indicação Literária: Questões fundamentais da filosofia grega.
De onde vim? Para onde vou? Quem eu sou?
Ao invés de respostas, cada uma dessas perguntas cria novas questões.
“Tudo que sei é que nada sei.”
Ao percorrer os caminhos, a teoria dividiu e organizou a filosofia em várias ramificações.
Epistemologia.
Epistemologia é a filosofia do estudo científico, das hipóteses e dos resultados.
Por exemplo: por que acreditamos que a Terra é redonda?
Astrónomos, geógrafos, e estudiosos poderiam responder a esta pergunta apresentando provas oculares e dados científicos.
Mas e o cidadão comum, como eu e você – por que acreditamos que a Terra é redonda?
Bernard Shaw famoso dramaturgo e jornalista inglês comenta que somos hoje mais supersticiosos do que o éramos na Idade Média.
E, como exemplo da credulidade moderna, Bernard cita a crença generalizada de que a Terra é redonda.
O homem moderno, afirma Shaw, não consegue apresentar uma só razão para fundamentar sua crença.
Limita-se a engolir esta teoria por haver nela algo que é atraente para a mentalidade do século XX.
“O Astrônomo Real, que tem obrigação de saber, diz-me que a Terra é redonda”.
Como se vê, as razões para pensar que a Terra é redonda são muito precárias.
E como poderia ser de outro modo, se a vastidão de conhecimentos é tão grande que mesmo um especialista em algo mal consegue enxergar algo fora de sua especialidade?
Aprofunde-se: https://criticanarede.com/epistemologia.html
Metafísica.
Pensar metafisicamente é pensar nos problemas mais básicos da existência.
William James definiu a metafísica como “um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza”.
A religião, por exemplo, não é metafísica.
Por outro lado, se a teoria metafísica do materialismo fosse verdadeira – e fosse um fato comprovado que os homens não têm alma – então vários conceitos religiosos teriam outro tipo de importância na sociedade.
Aprofunde-se: https://criticanarede.com/met_quee.html
Ética.
Para entender melhor este conceito, vou citar um ensaio escrito por William Clifford, matemático e filósofo britânico do século XIX.
William conta a história de um armador que estava prestes a enviar um navio cheio de emigrantes para o mar.
O armador sabia que o navio era velho, e precisava de reparações.
Por isso, tinha dúvidas quanto às suas condições de navegação.
E perguntava-se se deveria ter a despesa com o conserto o navio, ou não.
Depois de muito pensar, decidiu depositar a sua confiança na Providência – que certamente protegeria aquelas famílias que saiam em busca de uma melhor vida no estrangeiro.
Assim, convenceu-se de que tudo correria bem.
O navio naufragou, provocando a morte de muitas pessoas, e os prejuízos foram cobertos pela companhia de seguros.
O argumento de Clifford é que a sinceridade da crença do armador não o absolve da culpa em relação às vidas perdidas.
Tendo em conta provas reais do ocorrido, este não tinha o direito de acreditar ou deixar de acreditar em algo.
Este breve relato resume com simplicidade o objetivo dos estudos da ética: as ações e contudo humana enquanto indivíduo social.
Aprofunde-se: https://criticanarede.com/etica.html
Estética.
É o ramo da filosofia preocupado com o estudo da beleza, da natureza, e consequentemente, das artes.
Os artistas, por sua vez, estão entre as pessoas mais prestigiadas da nossa sociedade.
O que tem a arte de especial, a ponto de receber tanta atenção e importância?
Por exemplo, ninguém tem dúvidas que os diamantes são valiosos porque são raros, possuem um brilho único, e uma dureza excepcional.
Já em relação à arte não conseguimos apontar qualquer característica desse tipo.
“Qual é o valor da arte”? – esta é uma das discussões mais profundas, que a filosofia da estética pretende responder.
Aprofunde-se: https://criticanarede.com/cap13.html
Ontologia.
A ontologia busca caracterizar a realidade, identificando suas categorias e estabelecendo relações elas.
Para Samuel Alexander (1920), existir é ser o ocupante exclusivo de um volume de espaço-tempo.
Platão divide a existência entre realidade (o que é, de fato) e aparência (o que não é, mas parece ser).
Aristóteles, por sua vez, distingue o que é real (ato) daquilo que pode ser (potência).
Para a teoria quântica, existe uma pluralidade de mundos e realidades.
Assim, Ontologia é o estudo da existência, da realidade e do “ser enquanto ser”.
Aprofunde-se: https://criticanarede.com/ontologia.html
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9 Ideias da Filosofia para a Redação Nota Mil no Enem
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Agora, vamos abordar de maneira prática algumas ideias importantes da filosofia, para que você seja capaz de alcançar uma redação nota mil no ENEM.
1. Dialética: A Contradição de Ideias Forma Novas Ideias
A primeira teoria filosófica para uma redação nota mil é a dialética.
Dialética é o confronto de ideias.
Desta forma, toda verdade pode ser confrontada por uma idéia oposta, igualmente válida para aqueles que nela crêem.
A partir dessa oposição, nasce uma nova ideia e esta, por sua vez, poderá também ser confrontada.
Parece confuso?
Vamos explicar mais detalhadamente, então!
A dialética se origina na Grécia antiga.
Não há um consenso sobre quem foi seu idealizador.
Muitos atribuem sua criação ao filósofo Sócrates.
Contudo, Aristóteles considerava Zenão de Eleia o seu fundador.
Aristóteles conceitua tal corrente como uma investigação racional dos conceitos.
As ideias acerca de um conceito são postas em confronto.
São comparadas, analisadas, refutadas, e o resultado desse debate leva à compreensão de um determinado fenômeno.
Dessa forma, a dialética, também conhecida como a arte das palavras, tornou-se uma das bases para a demonstração de argumentos capazes de esclarecer diversas ideias em discussão.
Em meados do século XXI, os estudos acerca da dialética retornam através do filósofo Hegel e de seu método, no qual definia a tese, a antítese e a síntese:
- Tese: a primeira ideia apresentada e tomada como verdadeira;
- Antítese: a apresentação de uma segunda ideia – é neste momento que acontece o confronto;
- Síntese: é o resultado desse confronto – uma nova tese .
E um novo ciclo dialético recomeça.
Os pensadores da dialética lhe estabelecem quatro leis fundamentais:
Ação Recíproca.
Para a dialética, nada está concluído, mas tudo se encontra sempre em transformação.
Desta forma, o fim de um processo é o início de outro processo.
Além disso, as coisas no mundo estão inter-relacionadas: sofrem e provocam ações umas sobre as outras.
Ainda que em repouso, um determinado objeto está atuando sobre outro.
E as coisas ao seu redor lhe estão influenciando.
Assim, todos os aspectos sociais e naturais das coisas se relacionam entre si, criando laços de dependência.
Mudança dialética.
Segundo os teóricos da dialética, toda transformação é originada na contradição – na negação de outra ideia.
E, a partir do momento em que se nega algo, inicia-se a transformação desse elemento em seu contrário.
Quando se nega algo, diz-se não.
Esta, a primeira negação.
Mas a repetição da negação – ou a segunda negação – significa sim.
Para a dialética, só o que há é o contínuo e ininterrupto processo de transformação
Passagem da quantidade à qualidade.
As coisas não se transformam unicamente em nível de quantidade, mas também em qualidade.
Interpenetração dos contrários.
A realidade está em constante e perpétuo movimento: sofre e causa transformações quantitativas e qualitativas indefinidamente.
Mas, qual é a força que move tantas transformações?
A contradição entre ideias.
Ou seja: a dialética.
2. Retórica: O Poder da Persuasão
O termo “retórica” deriva da palavra grega rhêtorikê, que significa “a arte da palavra”.
Retórica é o conjunto de recursos que tem como objetivo a persuasão.
Em seu sentido clássico, a retórica é habilidade que possibilita ao orador convencer um público por meio de seu discurso.
Por isso, é comum que bons advogados e vendedores sejam mestres no seu uso.
Foi com Aristóteles que ela alcançou seu auge.
Para ele, a retórica torna possível determinar quais são os meios de persuasão mais adequados para se atingir o público.
Uma das formas de persuasão é por meio de provas, que podem ser classificadas como não técnicas e técnicas.
A arma de um crime, por exemplo, é uma prova não técnica, pois seu poder de persuasão está no próprio fato de sua existência.
Provas técnicas são as que acontecem dentro do discurso.
Desta forma, podem ser preparadas previamente, e treinadas pelo orador.
As provas técnicas podem ser classificadas em
- Caráter moral (Ethos): acontece quando a credibilidade do orador é digna de fé (ethos).
- Espírito do público (Pathos): persuasão obtida por meio da emoção;
- Próprio discurso: habilidades técnicas utilizadas pelo orador dentro do seu discurso – como o uso de exemplos e ilustrações, por exemplo.
Dica: use todo o seu conhecimento em retórica para persuadir a banca avaliadora, e escreva uma redação nota mil.
3. Estoicismo: A Arte de Viver uma Vida Feliz
O estoicismo surgiu em Atenas, idealizado por Zenão de Cítio.
Mas foi em Roma que encontrou terreno fértil em praticantes como Epictetus, Sêneca, Cato e Marco Aurélio.
Essa filosofia busca conquistar a felicidade em dois exercícios diferentes:
- Aceitar tudo aquilo que está fora do nosso alcance mudar.
- Tomar atitudes para mudar aquilo que está ao nosso alcance.
Por exemplo: ao passar tempo lendo este artigo, você está fazendo algo ao seu alcance para conquistar um objetivo pontual – uma redação nota mil.
Por outro lado, está fora do seu alcance adivinhar o tema da redação.
E, por isso, não há motivos para perder noites de sono sofrendo de ansiedade.
Nós não controlamos os acontecimentos externos, sendo assim não podemos nos apegar a eles.
O apego por assuntos que estão fora do controle causa sofrimento desnecessário.
Para Sêneca, “a filosofia deve nos ensinar a agir, não a falar”.
Para Epicteto:
“Coisas há que dependem de nós – e outras há que de nós não dependem. O que depende de nós são os nossos juízos, as nossas tendências, os nossos desejos, as nossas aversões: numa palavra, todos os atos e obras do nosso foro íntimo. O que de nós não depende é o nosso corpo, a riqueza, a celebridade, o poder; enfim, todas as obras e atos que de maneira nenhuma nos constituem.”
Assim, fica claro que o estoicismo é uma filosofia que se concentra em nosso comportamento.
A resposta correta está sempre nas escolhas que fazemos diante de desafios ou conflitos.
Se a ansiedade está atrapalhando seus estudos, este artigo foi feito para você:
Artigo sobre Ansiedade.
4. Racionalismo: A Razão é o Único Caminho para a Verdade
A palavra racionalismo é proveniente do latim ratio, que significa “razão”.
Como não poderia ser diferente, o racionalismo é uma corrente de pensamento que prima pelo uso da razão, do raciocínio.
Define-se raciocínio o processo mental, discursivo e lógico, no qual determinadas ideias são postas em comparação.
A partir delas se constrói uma conclusão.
Para o racionalismo, todas as coisas do mundo têm uma causa inteligível – ainda que não se possa comprovar essa causa com fatos.
Dentro desta corrente filosófica a razão é mais importante que a experiência.
Enquanto a experiência é percebida pelos sentidos – que são enganosos – a razão é comprovada por experimentos.
A capacidade da inteligência é o que nos diferencia dos outros animais.
Sendo o instrumento principal para a compreensão do mundo, o intelecto tem caráter racional.
Como consequência, somos capazes de identificar a essência daquilo que é verdadeiro por meio do raciocínio.
René Descartes – “penso, logo existo” – foi um dos principais representantes do racionalismo.
Em meio a tantas dúvidas acerca da existência e natureza das coisas, o que define que o homem é sua capacidade de pensar.
O racionalismo questiona todas as verdades.
E a partir desse questionamento, o filósofo busca iluminar-se para seguir o caminho do conhecimento.
Descartes também defendia que a dúvida é a mãe do conhecimento.
É a partir da dúvida que o pensamento nasce.
Por estar associado ao renascimento cultural, o racionalismo certamente é um prato cheio para sua redação nota mil.
5. Pragmatismo: A Essência de um Conceito são suas Consequências.
O pragmatismo é uma corrente filosófica recente – século XIX – criada por um grupo de filósofos norte-americanos, em Cambridge.
Seus principais pensadores são: Charles Sanders Peirce, William James, John Dewey e Fernand Schiller.
Para o pragmatismo, uma teoria só tem significado quando colocada em prática.
O que realmente importa são os resultados.
Desta forma, um conceito que não tem aplicação prática é um conceito vazio.
A verdade, então, só acontece por meio do confronto entre a teoria e seu uso prático.
Se o resultado condiz com o que foi previsto/imaginado, temos então uma possível verdade.
Assim, o conhecimento modifica o mundo real .
Isso significa ainda que, numa visão pragmática, a construção da verdade deve ser coerente com a construção da realidade.
É como beber refrigerante em excesso.
Refrigerantes são muito calóricos, e seu exagero pode trazer alguns quilos a mais de gordura.
Você até pode fazer muito exercício físico, e assim conseguir manter seu peso baixo.
Mas, pragmaticamente, refrigerantes engordam.
William James – importante filósofo pragmático – afirma que a filosofia “deve ser útil ao ser humano”.
E, por isso, deve investigar apenas aquilo que realmente faz alguma diferença na vida real.
Para Peirce, nada garante que atingiremos a verdade ou de que teremos certeza sobre as coisas.
Por outro lado, assim como ensina a filosofia estoica, podemos tomar atitudes que favoreçam nossos objetivos.
Acompanhar o blog Sociologia Líquida é uma decisão pragmática de quem entende que o aprendizado é uma ferramenta de mudança.
A começar pela conquista de uma redação nota mil.
Dica: para mudar de maneira completa a forma com que você estuda e potencializar seu aprendizado, acesse após esta leitura:
Leitura Dinâmica: O Guia Completo de como Turbinar seu Aprendizado
6. Existencialismo: A Existência precede a Essência.
O existencialismo é uma escola de vários filósofos com profundas divergências entre suas formas de pensar, mas com uma ideia principal em comum.
A ideia de que os seres humanos são conscientes de sua mortalidade.
Sabem que precisam tomar decisões.
E que estas decisões afetam sua própria existência.
Desta forma, a consciência que o homem tem de si próprio o leva à liberdade.
Como resumiria Sartre, “a existência precede a essência”.
A liberdade do ser é um dos princípios básicos do existencialismo.
Junto desta liberdade, vem uma grande responsabilidade: somos os únicos responsáveis por nossas ações e decisões.
“O que você tem feito daquilo que fizeram de você”?
Recapitulando.
Primeiro, o homem existe como ser: é um sujeito dotado de capacidades e habilidades.
Por outro lado, após seu nascimento, esse sujeito ainda não tem um lugar no mundo.
Para a filosofia existencialista, o homem só define seu papel na sociedade ao longo da trajetória de sua vida.
Assim, o homem é aquilo que projeta ser e não existe antes desse projeto.
“O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade…”
A escola existencialista surgiu entre os séculos XIX e XX.
Seus principais representantes foram: Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Fiódor Dostoiévski, Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, mas a tendência ganhou popularidade por meio das obras dos escritores e filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
Entender bem corrente filosófica do existencialismo vai te colocar um passo à frente dos seus concorrentes rumo à redação nota mil – já que o tema se encaixa bem com vários outros assuntos chave em alta no momento.
7. Niilismo: Se Deus não Existe, então Tudo é Permitido
Niilismo vem de nihil: nada.
E é assim que se explica a essência das coisas e dos seres nessa corrente filosófica.
Para o niilismo tudo se resume ao vazio.
O ser humano é insignificante diante do universo, e sua existência não possui propósito.
Sem um sentido prévio estabelecido em sua vida, o homem é livre para fazer o que quiser.
Livre das regras da moral, das crenças ou de qualquer outra forma de poder.
Na falta de um propósito, e cheios de liberdade de ação, ganhamos a pesada responsabilidade de dar sentido à própria vida.
E, como na filosofia existencialista, todos os destinos são resultados das próprias escolhas.
8. Escola de Frankfurt: A Humanidade Escravizada pela Manipulação da Cultura
A Escola de Frankfurt faz uma análise do poder que a ciência e a indústria tinham sobre o homem.
É também conhecida como teoria crítica.
E surgiu na primeira metade do século XX, com os filósofos Theodor Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
Na visão de tais pensadores, a ciência não era imparcial, pois era utilizada como um instrumento de controle interno e externo do homem.
A popularização de programas midiáticos, como rádio e TV, demonstra esse controle através da indústria cultural e da massificação do conhecimento.
A partir de então, a mídia passa a definir o que será ouvido ou assistido pela sociedade.
O conteúdo desses programas, por mais ingênuos que se pareçam, dissemina crenças – que se tornam populares e, aos poucos, são tomadas como verdades pela sociedade.
A cultura é responsável pelos fundamentos que modelam a mentalidade e a visão política das pessoas.
Por outro lado, quem não está antenado nas músicas de sucesso, nas tele e radionovelas, nos programas de auditório, nos noticiários, de certa forma, está excluído da sociedade.
De acordo com Max Horkhemer, um dos objetivos principais da teoria crítica era libertar o homem dessas circunstâncias – que o escravizavam.
A Teoria Crítica, da Escola de Frankfurt, evidencia uma das maiores críticas à sociedade moderna.
E por isso, é um excelente argumento para sua redação nota mil.
9. Modernidade Líquida: Relações Modernas cada vez menos Duradouras.
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por transformações intensas em todos os setores.
Uma evidência dessa transformação é o encurtamento das distâncias e a aceleração da comunicação.
Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, é uma grande referência nos estudos da pós-modernidade.
Em suas obras, ele enfatiza como essa globalização afetou as relações sociais.
E aponta que não só os meios de transporte transformaram a forma de o homem lidar com a distância, mas a internet também.
Hoje é possível, por exemplo, viajar com facilidade e rapidez de um país a outro em menos de um dia.
Ou mandar uma mensagem instantânea para qualquer pessoa do mundo, basta um smartphone em mãos.
A criação da internet – e sua popularização – mudou de forma significativa as relações entre as pessoas.
Ao mesmo tempo em que as aproximou, tornou das relações menos sólidas.
É um fenômeno da liquidez de Bauman: “relações líquidas”, “tempo líquido”, “amores líquidos”.
A liquidez se torna uma das principais características no mundo pós-moderno.
E por isso será um excelente argumento dentro da sua redação nota mil.
Mas o que seria essa liquidez?
Você já começou uma amizade através de redes sociais?
Você já terminou amizades pelo mesmo meio?
Para isso, basta bloquear ou excluir o outro indivíduo, é como se ele não fizesse mais parte de sua vida.
Isso significa que as relações já não têm mais tanta durabilidade.
Pelo contrário: tornaram-se descartáveis.
Os sujeitos também podem ser denominados líquidos, uma vez que tem múltiplas identidades.
Assumimos diversas identidades ao longo do dia: somos um sujeito no trabalho, outro com os amigos, outro com a família, etc.
Contudo, qual é nossa verdadeira identidade?
Na modernidade líquida, ficamos perdidos em meio ao papeis que nós mesmos desempenhamos.