Pragmatismo é uma tradição filosófica que considera as consequências práticas de um conceito como o seu real significado.
O mundo é inseparável da ação dentro dele. Assim, algo é verdade apenas na medida em que funciona.
Nesse sentido, os pragmáticos acreditam que a verdade é feita em função da realidade. Dessa forma, o significado de um conceito se resume aos seus efeitos objetivos que impactam a vida real.
Essa ideia atraiu uma gama de interpretações notavelmente ricas e, muitas vezes, contraditórias.
Veja, por exemplo, algumas ideias errôneas associadas ao pragmatismo:
- Todos os conceitos filosóficos devem ser testados por meio de experimentação científica;
- Uma afirmação é verdadeira se, e somente se, ela for útil.
- Se uma teoria filosófica não contribuir diretamente para o progresso social, então ela tem pouco valor.
Exemplo 1: Áreas Cinzas.

Pensadores pragmáticos estão interessados em verdades parciais com aplicações práticas.
Essas verdades parciais são chamadas de áreas cinza.
Pense, por exemplo, num boxeador que recebeu a informação de que o seu oponente tem dificuldade para proteger o lado esquerdo do seu corpo.
Mesmo sem provas concretas da veracidade da informação, esse conhecimento é uma grande vantagem.
Segundo o pragmatismo, existem muitas idéias importantes que não podem ser verificadas cientificamente, mas que, no entanto, podem ser tratadas como verdadeiras.
Exemplo 2: Ética.

Como você pode verificar cientificamente que ser gentil é melhor do que cruel?
Não importa o quanto você tente argumentar, as observações científicas são incapazes de justificar argumentos morais.
De uma perspectiva pragmatista, as verdades morais são verdadeiras porque nos ajudam a viver melhor.
Exemplo 3: Pragmatismo Religioso.

“A essência da crença é o estabelecimento de um hábito” – C.S. Peirce.
Peirce foi um dos pensadores mais influentes do início do pragmatismo.
Ele argumentava que as idéias deveriam ser entendidas em termos de ação.
Assim, a crer é agir: o que você faz define o que você acredita, e não o contrário.
Precursores do Pragmatismo.
Os primeiros pensadores que inspiraram o pragmatismo incluem:
- Francis Bacon, que cunhou a frase “conhecimento é poder“;
- Niccolò Maquiavel, que sugeriu que um governante pode precisar fazer coisas imorais para alcançar seus objetivos – os fins justificam os meios.
- David Hume, por seu relato naturalista de conhecimento e ação;
- Thomas Reid, por seu realismo direto;
- Emanuel Kant, por seu Idealismo;
- Georg Hegel, por sua introdução da temporalidade na filosofia;
- John Stuart Mill, por seu nominalismo e empirismo; e
- Alexander Bain (1818 – 1903), que examinou os elos cruciais entre crença, conduta e disposição.
Além disso, o pensamento dos primeiros pragmatistas também foi influenciado pelo pensamento darwiniano, embora não tenham sido os primeiros a ver a relevância da evolução para as teorias do conhecimento.
Origem do Pragmatismo.
As ideias-chave do pragmatismo se originaram das discussões no chamado ‘Clube Metafísico’, que se reuniu em Harvard por volta de 1870.
Nesse sentido, a primeira geração dessa escola filosófica foi iniciada pelos “pragmáticos clássicos” Charles Sanders Peirce e seu amigo William James.
Uma segunda geração (ainda denominada “clássica“) tornou a filosofia pragmática mais explícita em relação à política, educação e outras dimensões da melhoria social.
Isso aconteceu sob a influência de John Dewey (1859-1952) e de sua amiga Jane Addams (1860-1935).
Contudo, a influência do pragmatismo foi contestada à medida que os EUA deixava a política do New Deal e para se aproximar da Guerra Fria.
Nessa época, filosofia analítica floresceu e se tornou a orientação metodológica dominante na maioria dos departamentos de filosofia anglo-americanos.
Por fim, na década de 1970, a tradição pragmatista passou por um renascimento significativo com os pensadores Hilary Putnam, Robert Brandom e Huw Price.
Assim, foi dada a origem ao neopragmatismo.
Pragmatismo e Redes Sociais.

Agora, quero te fazer um convite.
Há alguns anos percebi que algo estava errado na minha vida.
Então, aos poucos percebi que o tempo gasto online era inversamente proporcional ao valor que eu dava às tarefas importantes.
Assim, tive de ser pragmático.
O fato é que eu estava viciado em redes sociais, e como uma bola de neve, esse vício me causava cada vez mais prejuízos.
Escrevi um artigo completo explicando passo a passo como troquei o vício em redes sociais por livros.
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Como Troquei o Vício em Redes Sociais por Livros? (10 Passos)
Por fim, boa leitura!
Amo o pragmatismo!!! É…É…NÃO É…NÃO É!!! S ou verdadeira !!!
Gratidão
Não sou pragmática ,
Moralmente
Socialmente.
Existe sempre o benefício da dúvida.
Cientificamente SOU Pragmática
Moralmente falando, o pragmatismo pode influenciar a trocar o que é certo pelo que dá certo. Vivemos em uma sociedade de resultados e valores estéticos, talvez por conta do pragmatismo aplicado às relações? No campo religioso, igrejas cheias de pessoas vazias não tem sido fruto do pragmatismo aplicado à religião?